A mente do Maéstro louco.

Secos e medonhos.

Ao longe o Coral canta,

E sua Música sobrenatural

Se mistura com o Réquiem

Do vento frio e letal.

Eu ando rápido.

Meu Deus, porventura enlouqueci?

Procuro, frio adentro, de

Forma misteriosamente febril

O Coral terrível que canta

Em desespero, uma Música

Jamais ouvida.

Estou cada vez mais próximo...

Cruzes se erguem do chão.

Mauzoléis antiguíssimos,

Carcomidos, onde famílias

Inteiras descansam há séculos,

Erguem-se imponentes, amedrontadores:

Creio ter visto um fantasma

Com roupas esvoaçantes

E aspécto pálido, gelado e mórbido.

E adiante, numa planície onde

Incontáveis túmulos se espalham

Envelhecidos e podres,

Vi um Coral terrificante de fantasmas,

Com roupas que dançavam

Violentamente sob a vontade

Tirânica do vento,

E cantavam à toda

Voz o coro de uma

Música bela, forte e aterradora,

Regido por um Fantasma que

Histérica, desesperada e fantasmagoricamente

Se movimentava, e seu rosto

Estava contraído por uma emoção

Tempestuosa e destruidora.

Pain
Enviado por Pain em 09/02/2011
Código do texto: T2781954
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