VESTIMENTA
Sinto-me sopro solto fluindo
em fragmentos inteiros de mim.
Visto-me sol que aquece o alento
meu sustento, eterno entardecer.
Vejo-me folha que meneia nas árvores
suspensas em rompantes suaves.
Gosto-me pássaro, aselhas agitadas,
vida liberta para ir e vir.
Olho-me reflexo invertido
vertido no espelho grávido de mim.
Desenho-me traços entrançados
delineados, porque eu sou assim.
Enxergo-me de olhos vendados...
Futuro presente passado.