NÃO PODE TER FIM...
 
Teus olhos se perderam
Nesta estrada nebulosa,
Nem mais se ergueram
Desta lama tenebrosa...

Este rosto agora frio,
Tem olhar penetrante,
De amor, tão vazio
E  solidão constante...

Morto-vivo, que importa,
Meu corpo é fremente,
Latente, não sou morta,
Tu, és indecente...

Do meu sangue
Venha logo sugar,
Toma, se alimente,
Depois podes me usar...

Serpenteias minh’alma
Neste frenesi louco,
Faça amor com calma,
Fica mais um pouco...

Das trevas à esta luz
Que roubas de mim,
E este amor que reluz,
Não pode ter fim...
OUTRA DIREÇÃO

Eu não previa encontrar-te por aqui,
Os meus planos tinham outra direção,
O destino colocou-nos a deriva,
Nos ensejando a esta situação.

As feições que enxergas no meu ser,
Não perfaz minha alma enternecida,
Haverás de mais logo reconhecer,
Que faço parte do traçar da tua vida.

Face pálida e olhar sem expressão,
Camuflando teus desejos de mulher,
Mas bastou eu segurar em tua mão,
Para sentir no intimo o que tu queres.

Não habita em mim um explorador,
Tuas vistas enxergaram a um fantasma,
Vamos tratar nossos corpos com amor,
E gozaremos nossas delicias em atraso.

Já demonstras uma certa afeição,
Pelo meu ser animado em pleno viço,
Nós faremos por forças dos corações,
Um corpo só nesta fusão que deu inicio.

Seremos par em todo nosso existir,
Nossas entranhas possuem afinidades,
Eu já gozei agora espero por ti,
Só me completo se tiveres teu orgasmo.
 
Bom dia Nana, você compôs os mais renomados versos, que deram origem a este instigante poema, ao qual minha alma poética se viu compelida a intera-lo, mas tu já conheces as regras, Parabéns pela sua genialidade poética.
Miguelito, tu não sabes o quanto fico lisonjeada com tua atênção para com meus simples versos...Obrigada de coração.


Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 30/01/2011
Reeditado em 30/01/2011
Código do texto: T2760620