O lado escuro da morte
Entre os espaços da estrada
Lá se vai uma multidão,
Levando alguém para se juntar
Ao deserto agudo da escuridão.
Perante o revés desta sombra desfeita
Escarnece seu linho vital,
Pois cada metro andado na estrada
Vai se concluindo este ensejo colossal.
Numa recarga inalterada
Desmarcada pela sorte,
O espaço busca a morte,
Na estrada imaculada.
Sombras que rejeitam sua face
Faz o tempo se inverter,
A sorte se desfaz da sua classe
Diante deste espaço que se faz decorrer.
O lado escuro da morte
Não sobrevive muito tempo,
Assim se seca seu alimento
Gerando muita dor e sofrimento.