Soneto do Desalento
Caminho pelo ermo do desprezos
Ouvindo as risadas alheias confusas
Vidas entregues a confusões obtusas
Mau suporto aos ombros tantos pesos
Pareço caminhar sobre olhos obesos
Sobre os ossos mortos e outras cousas
Trilho o rumo sem trilho, horas confusas
Sou o corvo que carrega os menosprezos
O alaúde de um infindo marmóreo requièm
Eles obtém as respostas de seus desconfortos
Perguntam quem sou, quem fui, quem, quem?
Sou um quase nada deste mundo, um ninguém
Posso ser o poeta que canta a todos os mortos
Acho os perdidos, sombras quentes e lados tortos.
Lord Brainron