Soneto do Desalento

Caminho pelo ermo do desprezos

Ouvindo as risadas alheias confusas

Vidas entregues a confusões obtusas

Mau suporto aos ombros tantos pesos

Pareço caminhar sobre olhos obesos

Sobre os ossos mortos e outras cousas

Trilho o rumo sem trilho, horas confusas

Sou o corvo que carrega os menosprezos

O alaúde de um infindo marmóreo requièm

Eles obtém as respostas de seus desconfortos

Perguntam quem sou, quem fui, quem, quem?

Sou um quase nada deste mundo, um ninguém

Posso ser o poeta que canta a todos os mortos

Acho os perdidos, sombras quentes e lados tortos.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 24/01/2011
Código do texto: T2749062
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.