Despedida do amigo
Finado amigo, derrubo-lhe os olhos
Debruço-me em tua gélida face triunfal
Vais ao destino de todos os abrolhos
Soberbo teu destino, rumo natural
Num mundo de cegos e vis caolhos
Moramos, somos defuntos sem aval
Sem morte, mas agora tens mortolhos
Agora és frio e decrepto, foi comensal
Foste amigo,agora se tornas a carniça
Eu aqui fico mais um tanto, a vida atiça
Sou cativo do tormento delinquente
Mas possuo a fina pena eloquente
Vai na paz meu amigo cadavérico
Ficam-me os gargalos que bebo histérico.
Lord Brainron