Despedida do amigo

Finado amigo, derrubo-lhe os olhos

Debruço-me em tua gélida face triunfal

Vais ao destino de todos os abrolhos

Soberbo teu destino, rumo natural

Num mundo de cegos e vis caolhos

Moramos, somos defuntos sem aval

Sem morte, mas agora tens mortolhos

Agora és frio e decrepto, foi comensal

Foste amigo,agora se tornas a carniça

Eu aqui fico mais um tanto, a vida atiça

Sou cativo do tormento delinquente

Mas possuo a fina pena eloquente

Vai na paz meu amigo cadavérico

Ficam-me os gargalos que bebo histérico.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 24/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2748790
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