Meus segredos
Tenho tantos cadeados...
Tantos já abertos,
Outros tantos por abrir.
Olhares que pela rua percebo,
Como quisessem me despir.
Os crimes que cometi,
Os álibis que forjei.
Mas só para você me entreguei.
Saio vagando por aí,
Sem mesmo ter para onde seguir.
À procura do teu toque,
Algo que me dê o choque.
A realidade se faz vil,
Em velhos discos de vinil.
Vão passando devagar as horas,
Enquanto permanece a loucura.
Meus segredos...
Meus desejos...
Por mais que não queira,
Com fúria me invadem.
Na alma seus alardes,
Atropelando as vontades.
Ao corpo, minha tortura,
Viver sem, minha guerra.