Cigana

Meu analista enlouqueceu

E não descobriu quem eu sou

Sou tantas

Sou várias

Contrárias

Segredos diários

Sou tudo que não digo...

Sou o avesso

De tudo que transpareço

Sou o devaneio...o vício...

Entre tantas id(entidades)

Há uma que mais parece comigo

Cigana que dança

Na contradança do tempo

Vem de muito longe

Acompanhando meu destino

É ela que escreve

E me remete

Aos mais loucos desvarios

Solta, livre, gira...

Sem direção

Guiada apenas pela emoção de existir

Assim, infinita...

Etérea....

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 19/01/2011
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