O mundo de cada um
Minha rua, minha lua não são minhas
Meu carro, minha casa são coisinhas
Pequenas diante do que sempre quis
Porque a alma é um poço de ambições
O que é meu, o que é teu, o que é de todos
Tem uma espécie de dono externo
Onipresente, com registro real
Quase que só apenas no inconsciente
O que é meu são apenas os desejos
A capacidade de perceber o que é possível
E as incapacidades de detectar o impossível
São dejavus, fagulhas e lampejos
Abordar o que somos segundo o que possuímos
É próprio do meu limitado universo
E, exceto os iluminados, a quem o comum não tem acesso
Resta esperar, decerto...