Pecados a Parte
  
Parte que se parte para apartes,
Em um compasso que passo,
De certo deserto nos agudos e graves.
Das palavras medidas em gotas,
Nas verdades que ficam no fundo da garrafa,
Na beira de um copo, que topo.
 
Pecados saborosos,
Tempos ruins que gosto.
Como a beira da fogueira quando encosto,
No fruto do Pecado que não peco, pego.
Em um abraço bandido,
Um beijo aflito,
Para todas as possibilidades da idade.
 
Um pedaço do pedaço que traço,
Momento do acaso.
Nos toques que toco quando toco paisagem.
Do fruto proibido, banido,
Que desfruto como o gole do fundo da garrafa,
Que sorve meus fantasmas.
Que me basta,
Que me basto,
De pecados a parte.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 15/01/2011
Código do texto: T2730864
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.