Amargo

E ele dizia do amargo de meu beijo, o melhor que se pode provar.

Afirmava o medo de meu sorriso, quando este se perdia...

Noites em claro, falando besteira, ou falando de amor.

Os olhos pequenos, azul profundo.

E eu descobri num dia como outro qualquer, que cada ser é uma ilha.

Então nadei ...

Meus passos ciganos por fim entenderam... que o lustre de teu rosto

Era reflexo do meu.

De dentro da ogiva deste amor,

Como que por alquimia, eu explodi o paraíso.

Não chamei resgate , não acionei bombeiros...

Apenas admirei teus olhos, estupefatos num azul profundo

E eu sorri, meus olhos castanhos ainda hoje te fazem lembrar da guerra.

Eu que era pequena , morena, criança e cheia de esperança me diverti, ao te ver provar todo amargo de meu ser.

Ainda te ouvi dizer que estava forçando a barra ,nem quis saber.

Dinamitei o universo de nós, e o sol novamente nasceu em meu sorriso.

Você tinha razão quando dizia que comigo é o fim do mundo cada dia da semana.

Meu olhar dança distante e te beijo amargamente,

Teu crime me cansa...

Layla Sabongi
Enviado por Layla Sabongi em 15/01/2011
Código do texto: T2730166
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