Pegue do barro
ou da argila
e imagine...
Coloque sua mão,
seu coração,
sua emoção.
Então amasse,
molhe, amolde
- até ferí-la.
Dê-lhe um formato,
algum caminho,
um jeito brejeiro,
inteiro, feito oleiro.
E transmude
a matéria-prima
como eu faço com a rima
das poesias que exalo,
e as quais empresto
o seu contorno exato.
Assim (enfim) verá que surgirá sozinho,
na ponta de seus dedos, o meu retrato!
Silvia Regina Costa Lima
12 de janeiro de 2011