O início que leva ao fim
Não sei que linha de pensamento seguir
Permaneço submersa
A quatro palmos d’água
Acima e abaixo dessa terra impermeável.
Aguardo qualquer sinal concreto da realidade,
Tão longe de mim
E sempre do meu lado.
O que toca o corpo dificilmente encontra a alma.
Não escrevo para encontrar o sentido oculto das coisas,
E sim para contornar
Essa ausência permanente que está presente em tudo que me cerca.
Os sentimentos são tão previsíveis e incontroláveis,
Repetem-se incessantemente enquanto se encena
A mesma peça do egoísmo.
O conformismo e covardia reduzem o ser.
Nem bem nem mal,
Nem feliz nem infeliz,
A neutralidade é pior que sofrer.
O tempo é interessante na natureza primária das coisas,
O inicío que leva ao fim está ligado à hipocrisia.
Se hoje, eu soubesse como mudar o mundo
Não o mudaria.
Não quero mais pensar, mas não sei como esquecer,
De mim,
Do mundo,
Mas irrevogavelmente de você.