XENOFOBIA

Em verdade vos digo sem medo

Homens de pouca fé

Na existência do absoluto

És igual a mim

Seja tu travesti

Seja eu o que sou

Sou negro e tu branco

Mas o sangue é da mesma cor

Vestimos o mesmo tecido

E no fundo somos homens

E a natureza, árvores são fábricas

Fábricas d’um contentar verdeja

Mas não me cabe dizer, que padece

Então daí surge burgueses

Com teses infundadas

Sem honra muito deles

Aberra ao mundo a sua podridão

Mas o que dizer, pois somos todos homens

Sem distinção

Crença

Ajudai os homens de pouca fé

Neste transe de impasses

Faça que tenhais asas

E que não tenham medo

De ser o que é

E que se cale o mundo

Pois partir se a, por ruas e calçadas

Entre os tijolos sem medo

Usando da prudência

E atingirá o limo

Não será carcereiro

E tão pouco rogado

Pois entre os pensares outrora

A vida

É simplesmente

Vida

Então povoemos cidades

E sejamos herdeiros

Sejamos dançarinos

E bailemos sem medo.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 05/01/2011
Código do texto: T2709785
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