XENOFOBIA
Em verdade vos digo sem medo
Homens de pouca fé
Na existência do absoluto
És igual a mim
Seja tu travesti
Seja eu o que sou
Sou negro e tu branco
Mas o sangue é da mesma cor
Vestimos o mesmo tecido
E no fundo somos homens
E a natureza, árvores são fábricas
Fábricas d’um contentar verdeja
Mas não me cabe dizer, que padece
Então daí surge burgueses
Com teses infundadas
Sem honra muito deles
Aberra ao mundo a sua podridão
Mas o que dizer, pois somos todos homens
Sem distinção
Crença
Ajudai os homens de pouca fé
Neste transe de impasses
Faça que tenhais asas
E que não tenham medo
De ser o que é
E que se cale o mundo
Pois partir se a, por ruas e calçadas
Entre os tijolos sem medo
Usando da prudência
E atingirá o limo
Não será carcereiro
E tão pouco rogado
Pois entre os pensares outrora
A vida
É simplesmente
Vida
Então povoemos cidades
E sejamos herdeiros
Sejamos dançarinos
E bailemos sem medo.