CRONOFOBIA

A, me descobri, deste modo insano

Sou poeta da vida e morte

Sou contemporâneo do Criador

E sou demasiado para ser chamado filho de Lúcifer

Sou o que sou em varias fases, assim como a lua.

Ouço hoje a desconformidade do homem

E amanhã continuarei a ouvir o mesmo

A desgraça combatendo diariamente

Engolindo a fatuidade genuína do ser

Que bela vida se descobre aos trinta anos.

Escrevo estas linhas para não ficar esquecido no tempo

Fitando d’uma forma complexa a vida horrenda

A qual o crepúsculo já não faz sentido

Castelo de cartas, dama, reis, valete, papéis

Não são versos, além de boatos, sem beleza.

Não sei mais, se corro se fico se morro

Vou me embebedar, drogar-me, dopar-me

E serei o obscuro dentro do absoluto

E o poetar demandara medo, e o vinho esgotará

Pois em mim, não encontrarás mais amor.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 04/01/2011
Código do texto: T2709696
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