CÉU COR DE AZULEJO
CÉU COR DE AZULEJO
Seres mutilados,
Seres incautos, seres vitimados.
Seres multifacetados
Seres isolados, seres multidões..
Seres agregados...seres marginalizados....seres!
Seres sem metade....seres sem cidades....seres despencados...
Seres duplicados, clones....seres sem alma, sem sentimentos, seres desalmados.....seres que se buscam, seres pavimentados em suas colméias,
Seres multiplicados em sexo....seres assexualizados....seres complicados
Seres placentados, seres isolados, seres desperdiçados em milhões...ejaculados
Incubados, sucubados, incriadas multidões de seres, crianças astrais... bailando na cratera da terra em danças de magia negra...!
Seres comuns....seres intactos....seres pela metade....seres e metástases....fases
Seres de tantas constelações....de tantas conjugações.....seres de câncer....seres do estresse...da prece, seres da pressa, seres em multiplicações....seres!
Seres extraterrestres.....seres celestes, seres que se matam...seres que gozam multiplicações.......seres divididos, diminutos em seus apressados minutos,
Seres....entes vazios....entes perfeitos, entes do antes de se fazerem gente?
Seres....seres...onde haveremos de nos tornarmos seres celestes, seres de ajuda, seres indivisíveis no amor? Se tantos estão encapsulados nas bodas da terra?
Pra quê, ser antes de estar no ser?
Amanhãs se fazem em novos seres...e na estrada da vida....a vida se entrega nos braços de novos seres...desmaiam tardes.....em noites serenas......e tudo se renasce....tudo é o tudo outra vez na noite escura de nossa alma.....!
Gorjeiam os pássaros....tudo trina, tudo pulsa....e os que ficaram para trás.....renasce em nosso alicerce divino da memória....chip da eternidade crepuscular......e novas vibrações, configurações renascem em nós....como num imenso púlpito de anjos calibradores de nosso ar....patrimônio rico da humanidade....e tudo se realiza....e somos pontes invisíveis.....que nos ligamos uns aos outros como um imenso prédio...um arranha céu....onde todos se arranham..se consertam em suas pluralidades absolutas,
Metamorfoseiam-se....se anulam, se criticam....se envolvem....neste condomínio de estranhas sensações.....derivando o amor e o ódio como dois irmãos...que não vivem um sem o outro...e nesta muralha de serviçais e nababescos, vamos equilibrando o amor....que não dita normas e nem leis....vai de encontro ao seu irmão menor.....dizendo que diante de seu amor a humanidade ainda vive.....e enquanto existir tal amor....nunca morrem aqueles seres que o ódio cegou....que o ódio “acimentou”, sem o azulejo azul do perdão...
Seres...todos os dias novos seres surgem....e novos seres se vão.....a cinza cor se vai....só o azulejo azul é que fica.....
Jasper>>>14.06.2009<<< madrugada