ÁRVORE CINZENTA

Árvore cinzenta
Que ninguém aguenta
Aproximação
Pelo fétido olor do bolor
Que asfixia o ar
Fecha o tempo
Estanca a chuva
E esmurra o peito.


Árvore cinzenta
Que em ti jaz
Tão assaz e sagaz
Em sinais vitais
Do que já não dá mais.


Árvore cinzenta
Que jaz em ti
A afligir
O que resiste a coibir
O que se recusa a partir.


Árvore cinzenta
Triste paisagem
Imponente e renitente
Em desfazer
O que não quer fenecer.


Árvore cinzenta
Silenciosa e atenta
Meio argêntea
Diante da escabrosa porta
Entreaberta na hora morta.


Árvore cinzenta
Que se ressente
Entrementes
E desorienta
O que petrifica e edifica
O parasita que coabita
De maneira torpe e ilícita
Na mais irrestrita e solícita
Dominação.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 24/12/2010
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T2688748
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