Escrever por escrever

Sou eu que me exprimo mal

Não as palavras,

Estas são minhas apenas quando em meu texto

Na verdade emprestadas...

Empesteadas por faltas e farpas

Mas não estão todas que deveriam

Certamente não, as que poderiam

Presentes estão as conseqüências de suas ausências

Na inconveniência do mau uso

Na incompetência e no abuso

Exército desarrumado: fossem soldados

Comboio anárquico e caótico, se a poesia lhes desse trilhos

Altos e baixos, embora mais desses últimos...

Falando de sentimentos, de coisas de filhos

Ensimesmadas vaidades, bobagens e egoísmos

Não terei pena das penas que tenho

Não me furtarei ao destino do meu fraco desempenho

Cumprirei a voluntária sina como um louco que não estanca aos delírios

Fustigando e se humilhando

Por uma centelha que lhe confira um brilho