Resistência (Parte I)
Sobre os gritos da noite
O espaço não nos convoca,
Sobre os destinos de hoje
Os conceitos vitais certamente
Com o medo os recorta.
Mais dores formaram-se,
E não resistiram ao seu pudor
Mais vestes cortaram-se,
Pois gradativamente recusaram
O seu derradeiro valor.
Julgaram-nos pobres e sem desejos,
Pois apagaram a nossa verdade,
No entanto, sabiam que o tempo será negro
Quando a natureza totalmente os condenasse.
Não vou buscar as metáforas mortas,
Mas construir adjetivos conscientes,
Não vou errar neste caminho subjetivo,
No demais serei grato ao criador desta
Fama sindicalista e sóbria por este seletivo
Sabor de palavras inocentes.
Resistência solenemente desfruta o medo
Que no intuito deste ser deprimente e conservador,
Suga seus arcos líricos do apogeu anulado
Celebrando esta firme rocha de vida
Que em seu escasso poder se faz unificado.