Perdoa-me?!
Juro que não sabia
Nem mesmo previa
Ou sequer queria
A chegada deste dia
Misto de alegria e dor
Da amizade virar amor
E é amor de verdade!
Veio com simplicidade
E se instalou de fato
Nos pensamentos e atos
No tal de ata e desata
Então não me desacate
Quem mandou mostrar o teu riso?
A me abrir as portas do paraíso...
Agora estou assim... Baratinado!
Versando feito um pobre coitado...
Parece até que me jogaste um feitiço
Matricula em vestibular de hospício
Ou foi praga de mãe que não se apaga
Está no cardápio do espírito em chagas
Da alma, nas veias e no intelecto
Então é certo que pareço um pateta
Desatinado com as pernas bambas
E ao deparar-me com tua silhueta...
Fico assim perdido nessa veneta
E é só por isso que te peço perdão
Por favor, me devolva à inspiração
Ou então cola logo e não desgruda...
Deste meu pobre e apaixonado coração.
Hildebrando Menezes