Convivências
Tenho medo de não superar o meu orgulho
De ter que dobrá-lo, diminuí-lo, comprimi-lo, extingui-lo
De não ter forças contra a impaciência
De manifestá-la cada vez mais freqüentemente
Temo não ser capaz de abrir mão
Da privacidade para espantar a solidão
Da comodidade para ter que dividir espaço
Do contato mais próximo pela paz de espírito
Mas o que mais assusta é a obrigatoriedade
De esquecer o que cultivei
De ver minhas certezas caírem por terra
E ter que depender para as coisas mais simples