TEMPO E SONHOS...
Sonhos ignoram o tempo. Imagens apagadas sob o pó,
o sol insiste em brilhar.
Livros abertos sobre o lençol.
Vontades insólitas se perdem, noite densa.
Pra ser sincero não espero nada das estrelas.
Não me engano, elas brilharam no passado.
Ilusão, filosofia fria. Fisionomia vazia.
Momentos impregnados de poesia, retórica liturgia.
Escritas áridas, mentes ávidas...
Rebelde? A história antiga narrada novamente,
erros descendentes, acertos decrescentes. Olhos descrentes.
Dados lançados na sorte,
olhar vazio, a espera do vento norte.
Tempo
ignora os sonhos,
noite adiando a morte.