Nó, nú, mudo e cego..
Os grãos transcrevem minhas ideias
pequenas e inaudíveis,
elas não falam, nem gritam,
[as minhas também não].
Fugiram os grãos, todos juntos,
no castelo que desmoronara...
Foi embora como o sol vai um dia de nuvens...
e então, todos os dias possuem nuvens,
e sonhos,
e nem todos têm o mesmo gosto.
Muda como a roupa, o tempo, o som, o tom e o nó.
Deu nó e fez doer,
nó, nú...
deixando-me nú...
em pêlos, em jóias e desejos,
mas logo passam também tais nuvens,
não há de ser nada.
A noite logo passa!
E chega!
E passa!
E tudo volta a ser como era, bem diferente!