Ao fim da noite

E nasceremos ao fim desta noite

Com a alvorada nos fortalecendo

E gozaremos de um livre plainar

Que nos liberta do invólucro insano.

Como canários cantando ao vento

Os outros seres nos vão enxergar

Mas, poucos sabem que é desse jeito

A maneira de parar o tempo.

O velho louco, que habita a esquina

Onde o irreal se cruza ao concreto,

Encara a vida olhando-a nos olhos

Enquanto sente no peito o abscesso.

Ao fim da rua se acaba o mundo

Esse é o momento de se libertar

Acenda a chama de seu pensamento

Para ver com ele o sol acordar.

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 09/12/2010
Código do texto: T2662227
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