Síndrome das sombras.
Sinto-me um deus, ao meu redor...sombras.
Neste meu reino uma vastidão de seres,
Que como eu desacreditaram...do amor.
Em meu peito um coração dilacerado,
Quis extirpá-lo, mas não pude.
Mas o manchei, sim, o manchei com a indiferença,
Fiz dele exemplo pra que outros não adentrassem,
Humilhei o amor e o transpassei com o orgulho,
Que faz jorrar de meu olhar insano de conquistador,
Declarei-me imperador do império das sombras.
Palavras profanas, deferi ao léu de desavisados.
Fiz conquistar almas desocupadas e pobres de sentimentos,
Atormentei seus pensamentos com dúvidas e simplesmente,
Os conquistei ao longo de dias enfadados e repetitivos,
Eis minha legião de aflitos, em seus conflitos, em seu vazio.
Sua ira os devora como lobos famintos e devastadores,
A paixão pela volúpia os fascina e o desejo inconsequente,
Os aprisiona em si mesmos pela culpa que transpassa,
Com fina lâmina a consciência perturbada, alma condenada.
Neste reinado de tristeza e vastidão quem adentar será saudado,
Pela dor que é eterna no peito e não haverá a promíscua esperança,
No semblante de nenhum plebeu ou guerreiro, somente e tão somente,
O fel será o alimento de suas almas por mim guardadas, aprisionadas.
29/08/07 (12:38) - Alecxander Christian L.
Nota: Nem só de luz vive o poeta, e uma alma em trevas é muito triste. Já tive meus dias de trevas.