Mariposas

Aniquiladas, murchas pétalas púrpuras

Odorentas, podres cadáveres enegrecidos

Esquecimento do momento novo congelado

E na banheira jaz a vontade do amanhã

A mariposa encasulou-se no ouvido

Eu te lembrarei. Diz ela

É falso, é um ritmo fúnebre

Em rugas demais para ser alma

Asas demais para ser inseto

Ah mariposa do meu sangue podre

Tem cuidado com as faixas rubras

Onde pisa as tuas mãos delicadas

Nessa dança desritmada te perdes

O sol quer apagar essa penumbra

E a mariposa agora se transformou!

E a mariposa agora se matou!