AMONTOADOS
Não me iludo com a aparente decência do meu universo
Ou com a imaculabilidade dos versos.
Eu sei, sempre estou à deriva,
Salvo engano, não há planos,
Só uma poesia grudada nas rugas da testa
Umas poeiras acumuladas, debaixo dos panos,
Fora isso, apenas uns restos
De uns risos insossos, de umas ressacas indigestas.