MULHER SERPENTE

Saindo um pouco do meu "stillo", entrando mais no estilo aqui do site que acolhe mais de uns tantos ( mais de 90) por cento de poesias, tb me aventuro (um pouco) nesta difícil arte de escrever BEM!

MULHER SERPENTE

Na seqüência dos dias sérios

De iguais rituais banais

Me surgiu de repente

Uma mulher serpente

Como um elo de transição

Com um brilho de sensação

Me trouxe de volta o prazer de estar

Mesmo sozinho não importa o caminho

Hoje me basta sonhar e lembrar

Do olhar provocante, presente

Com sabor de pecado

Daquela mulher serpente

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PORTA RETRATO (I)

Porta retrato

Hoje vazio triste e mudo

Mas que um dia para mim foi tudo

Sonho, ilusão - desejo e paixão

Porta retrato

Alegria de ontem por nada

Agora é só página virada

Poeira caída cobrindo a ferida

Porta retrato

Ontem um sorriso, um mito

Brilhante desejo de felicidade

Hoje calado

Só vejo ali um vazio infinito

E uma grande tristeza

O retrato da saudade

PORTA RETRATO (II)

Tudo passou, nem é preciso ser dito

Não vejo mais ali um vazio infinito

Nem poeira, nem tristeza, nem saudade

Estou de novo sorrindo - esta é a pura verdade

O desejo voltou, interessante este fato,

Ao lado do espelho vejo agora um novo retrato.

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VISÃO

A mulher impossível

Distante, inalcançável

De uma beleza imprevisível

Nesse vestido descartável

Passa sucedendo a si mesma

Partindo levemente sem chegar

Por aqui e por ali segue a esmo

Deixando um rastro de infinito sem notar

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