A menina
Elegia à Lygia Fagundes Telles
De mãos atadas
Uma mulher por seus direitos
A harmonia de palavras
Sobre o mundo, sobre a vida
Pontadas em um coração
Como um forte golpe de esgrima
Em um país duro, gasto
De enfermos corpos vazios
Sua alma descansa em seu lar
Sua memória, suas lembranças
Uma ciranda de vertentes
O sentido da maturidade
Exala a serena sabedoria
De esperar a límpida
Vocação de escrever
As solidárias palavras
São como ver o pôr-do-sol
Em um imagético muro
Ludibriado pela fantasia
De viver