SÓ HUMANA...
 
Queria tanto que meu pálido e tísico verbo
Fosse um tipo de bálsamo, uma segunda pele
Para proteger e dar um pouco de trégua!
 
Ah , como eu queria ser um mágico esteta
Transformar poesia em anestésico, ou coisa que o valha
De tal forma, que a retina da dor, ficasse cega!
 
Mas quanta bobagem, a nudez da ferida, choca!
E de nada adianta, essa boca, morta de sede
Se a parede do tempo é sangue e a hemorragia não cessa...
 
 
 
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 17/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2621508
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