SÓ HUMANA...
Queria tanto que meu pálido e tísico verbo
Fosse um tipo de bálsamo, uma segunda pele
Para proteger e dar um pouco de trégua!
Ah , como eu queria ser um mágico esteta
Transformar poesia em anestésico, ou coisa que o valha
De tal forma, que a retina da dor, ficasse cega!
Mas quanta bobagem, a nudez da ferida, choca!
E de nada adianta, essa boca, morta de sede
Se a parede do tempo é sangue e a hemorragia não cessa...
Queria tanto que meu pálido e tísico verbo
Fosse um tipo de bálsamo, uma segunda pele
Para proteger e dar um pouco de trégua!
Ah , como eu queria ser um mágico esteta
Transformar poesia em anestésico, ou coisa que o valha
De tal forma, que a retina da dor, ficasse cega!
Mas quanta bobagem, a nudez da ferida, choca!
E de nada adianta, essa boca, morta de sede
Se a parede do tempo é sangue e a hemorragia não cessa...