BÊBADOS

Conheço amarelos olhos,

endurecidos de remela,

amanhecidos na ressaca

bêbados sempre, por ela.

Conheço chorosos olhos,

trêmulas mãos, olhares

implorando copos e goles,

para curar seus males.

Que tanto mal de amor

é difícil ter cura;

afogados em prantos,

bebedeira e loucura.

E nos vidrados olhares

das desgraçadas pingas,

afogam-se tantas dores.

Depois, trôpegos andares

iguais dribles e gingas

procuram velhos amores.

Riva
Enviado por Riva em 11/10/2006
Código do texto: T262006
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