BÊBADOS
Conheço amarelos olhos,
endurecidos de remela,
amanhecidos na ressaca
bêbados sempre, por ela.
Conheço chorosos olhos,
trêmulas mãos, olhares
implorando copos e goles,
para curar seus males.
Que tanto mal de amor
é difícil ter cura;
afogados em prantos,
bebedeira e loucura.
E nos vidrados olhares
das desgraçadas pingas,
afogam-se tantas dores.
Depois, trôpegos andares
iguais dribles e gingas
procuram velhos amores.