Prece para Platão
 
O niilismo acovardado, o meu pseudo avanço existêncial
Jogo no poço, lá nos confins do retrocesso que me teima
Até que dessa camisa de força, eu possa me libertar
Das fétidas moscas, que zunem ensandecidas, no meu  poema!
 
Quero abortar todos os avessos da inoperância crucial,
E penetrar com fúria e paz, os poros de qualquer luz e seiva
Porque meu Deus, não há mal nenhum em querer desobstruir
Todos os catres e, finalmente triunfar com alguma turquesa.
 
Lanço prá longe, a indigna promessa do sofrimento
Até que numa queimadura de realismo e sabor, eu siga
Admirando com fé, a deliciosa contemplação do platonismo
E todo o processo conciso e fremente, da minha ladainha...
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 14/11/2010
Código do texto: T2615616
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