Lugares amigos

Que loucura é essa que nos faz pensar

Que repetir o olhar sobre inanimados,

De maneira estranha,

É como os levar a nos identificar?

Portas, paredes, ruas, lugares

Recantos, campos, estradas...

Revê-los é sentir uma recíproca emoção

Uma familiar sensação...

E assim, protegidos pela “amizade antiga”

Caminhamos céleres sem temer assalto ou brigas

Vendo por essas guaridas apenas reduzidas as apreensões

Tal o salvo-conduto da própria persuasão

Máxima humana, a subestimação

Carência de estampar sua imaginação

De se espelhar, se instalar

Apossar-se da idéia da aceitação

E fossem mesmo dotados de mentes

Todos esses que achamos serem nossos entes

E fossem então providos da capacidade

O que achariam dessa insanidade?