Sem peso nem medida!
Sou louca suficiente para debruçar-me no hálito quente da poesia e consagrá-la no altar das penitências.
Medir os versos desmedidos e insanos desenhados numa mente que debocha das palavras e brinca, sem rédeas, disparada em campos tresloucados, sapateando rimas.
Sou louca quando adormeço no véu da poesia acreditando que fora escrito em mim.
E ele, o tal poeta, adormece na certeza que ela vagueia, sem cabeça, sem pés, nas esquinas tão possuídas de quimeras.