Sem peso nem medida!

Sou louca suficiente para debruçar-me no hálito quente da poesia e consagrá-la no altar das penitências.

Medir os versos desmedidos e insanos desenhados numa mente que debocha das palavras e brinca, sem rédeas, disparada em campos tresloucados, sapateando rimas.

Sou louca quando adormeço no véu da poesia acreditando que fora escrito em mim.

E ele, o tal poeta, adormece na certeza que ela vagueia, sem cabeça, sem pés, nas esquinas tão possuídas de quimeras.

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 03/11/2010
Código do texto: T2594782