O mundo como vejo
Vês, tudo a nossa frente
Transforma-se em fragmentos
O mundo se transmuta
Em cinzentas paisagens.
Na qual transitam
Solenes cadáveres.
Pelos becos e ruas
A tristeza é pertinente,
Aguda a penumbra
Sobre nossos olhos vagos
Quais sangram e derramam
A angústia que nos sobra.
Aos poucos por esse rio
A existência transborda
Esvaindo-se em sentido
Descendente.
Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2010.