Eu assim
A flor de luz se apagou
Instantes que voltam a ser
Aquilo que podem sonhar
As flores da mesa murcharam-se
As dores do todo deixaram assim
Amores que um dia virão
Com cores de beira de estrada
Rumores encardidos aqui e ali
Nos céus de sua boca
Nos véus de umas virgens
O começo são os botões
Espinhos, não sei não
Nas curvas que eu vejo
Tudo que não é meu
Debaixo dos tecidos
Feitiços e maldades
E as flores não dadas
E as dores sentidas
E as cores desbotadas
E os amores esquecidos
Nasce na fertilidade do vazio
No estreito de uma esperança
Que vida vive ali limitada
Mas morre quando nasce
E cai quando cresce
E some tudo ao redor
E ninguém mais vê
E rodopia no ar
Com músicas e hinos ao fundo
Você agora sempre escolhe
Eu não finjo que sei
E tu, tu me prefere assim