Pulsa, pulsa, pulsa...
Pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e lá vou eu de novo num frio que arrepia a alma cansada do meu ser, viver fantasias para sobreviver... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e lá estou eu de novo diante de esforços loucos penetrando no tempo que corre, no som que foge, no querer que não pode... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e lá sou eu de novo na busca de laços que enchem os pulmões de minhas veias de um ar puro e sincero... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e incansavelmente lá vou eu de novo sonhando que o canto anuncia a paz nos conflitos do eu seu meu eu... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e lá estou eu de novo vendo que o impossível cresce tornando possível o meu respirar sobre palavras, palavras... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia e lá sou eu de novo contando as horas num relógio sem tempo, num tempo sem vento, num vento sem medo, num medo sem curso, num curso sem rios... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...
Amanhece o dia lá vou eu, lá estou eu e lá sou eu diante do sol quente ou frio, mas com esperanças de sentir que o meu mundo se faz não apenas num sorriso, num laço ou num aperto de mão, e sim no sentido de ser um ser que pensa, que chora, que rir, que teme, que canta, que sonha, que quem sabe ama... Os meus olhos falam coisas que sinto no centro da máquina humana que pulsa, pulsa, pulsa...