Cegueira Inconsciente

Um cego andando na neblina

Já foi caolho em tempos antigos

Agora tropeça nas pedras

Que um dia jogou no espelho

Um cego envolto na névoa

Se guia pelos gemidos

Caminho certo, coração partido

Todos os dias são escuridão

Emana da cegueira uma visão

Os olhos fecham desacordados

Ferido acorda o corpo

A mente ainda jaz

Pedras calejam os pés descalços

Mãos tateiam o caminho

Cego há vagar sozinho

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