A noite mal cai
e inicio a ronda:
Eu sei que é tarde
no relógio da vida,
mas não na pele
que me arde...
totalmente incontida!
Caminho parada
(em forte mistério)
ouvindo os passos
no vento que assoma.
E eu grito seu nome
na dor que me toma,
que vem como onda
num eterno recomeço.
Sinto as estrelas.
Tateio as paredes.
Sangro no escuro.
Diviso seus olhos,
castanhos, impuros,
e anseio a presença
que fica...que vai
(e que me sorri)
Ah! Eu olho no espelho
e só vejo a sua sombra.
Não mais me conheço:
- de mim, me perdi!
Silvia Regina Costa Lima
19 de outubro de 2010