As coisas
As coisas em que te quero crente
Por que não mentes pra me consolar?
Para que eu haja e não pense
Para amainar minha mente
Para manter-me decente
Contigo a me manipular
As coisas que eu desejo tanto
Por que não tendes em facilitar?
Para que eu tenha as conquistas
Da liberdade que evita
Ir por aí na desdita
Sem saber se vou voltar
As coisas que lhes são mais caras
São mistérios para mim
São conflitos e enigmas
De um levantar paradigmas
Que me parecem, designas,
Como viessem do ar
As coisas em que discordamos
Sem o charme de nos completarmos
Constantes e intermitentes
Despedaçam e se refazem
Cada vez mais diferentes
Tornando-nos deprimentes