TROVAS ENTRE O VÃO DO VÉU VORAZ
Do pó ao pó
Essa foi a sina incumbida a nós
Podemos dizer que já sabíamos;
Ou, que não esperávamos
Talvez,
Conseqüências de nossos próprios atos
Talvez;
Somos apenas falhas na criação de seres perfeitos
Mas ainda assim, eis aqui o canto profundo
Aquele que é ouvido a séculos;
Aquele escondido em cada um de nós;
Que rasga nossa alma
Atravessando nossa carne
E, nos moldes de nuvens negras criadas pelo fim dos tempos
Um infinito véu negro surge
A morte por sua vez
Vem ceifar o galho podre do mundo
Não há onde se esconder
É tarde pra se arrepender
Essa foi nossa incúria,
Pensar saber demais
A vida dura tanto, quanto um jogo de cartas.