Ataúdes



Um azul dirigido em lanças
Um domínio caducado em espinhos
Agonizado...
Um vôo descadenciado...
Interrompido...
Uma ordem calada em plumas de silêncios
Uma boca amordaça que tudo diz
Um engodo amarelecido em fogueiras de morte
Uma alma sem fronteira...
Sem marca...
Um desfraldar de armaduras e espadas vãs
São papéis sem dimensão desse trono
Espectros e procissões de mortos
Dormidas nevascas
Em espirais e fumaça
Lentidões...
Relâmpagos...
Linguagem de um deus sombrio
Chapas sem rosto
Mumificados em ouro tolo
Ataúdes sem corpos
Morto-vivos!
Patente desse odor fúnebre!

** Alguns dias são espectros morto-vivos, mumificados em tempo nenhum... Ataúdes vigiados, inertes corpos de nada e (pra) ninguem...
Serpente Angel
Enviado por Serpente Angel em 13/10/2010
Reeditado em 29/07/2011
Código do texto: T2554078
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