REQUINTES DE CRUELDADE

Zumbidos na aurora, o vento que corta como lamina,

A ambição dos guerreiros mais antigos

A traição de Prometeu

Tudo isso não foi coincidência, o mal se procriava no universo

Antes mesmo que tudo fosse decidido, enquanto os Deuses jogavam suas cartas

Nossas almas já choravam perante a terrível penitencia

Eu escuto gritos na minha mente

Gritos me dizendo o que fazer com você,

Dizendo-me pra enfiar uma faca em minha sanidade

Pra ignorar a piedade, porque você pedirá por ela

Pode ter certeza disso

Já sinto que não sou mais humano

Quando esboço tantas torturas, parece que estou criando meu próprio mundo

É melhor se afastar do meu caminho

O sopro do tormento, o cheiro da morte

Sim, da morte, nossa única e inevitável sentença

Muitos tentaram fugir, muitos tentaram se iludir

As vezes, quando penso em vitória

Vejo os desejos que nossos antecessores conquistaram

O triunfo da Gália, a ascensão do escudo de averne

O pacto entre Fausto e Mefistófeles, a triste sina das gárgulas

Já existia terror ai, você apenas não enxergava

Tentar fugir da realidade e inútil,

As Valquirias dançam sobre as nuvens

Já não há o que fazer, não há certeza de volta

Meus requintes serão eternos;

Deison Rafael
Enviado por Deison Rafael em 12/10/2010
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