Inimigo da Normalidade
Estou cansado destas histórias
Desses finais felizes
Digo não há normalidade certa
E sim a indubitável arte do imprevisível.
Tal ao passado que pertenço
Ao futuro que mim abandonou
Todas as saudades jogadas foras
Para um dia viver sem terror.
Palavras que não serão entendidas
Por que a verdade
Não precisa ser dita.
Serei refém do medo,
Do medo que mim consome
Do que mim faz ser uma droga de homem.
Mas quem se contenta com o pouco,
Nada é problema,
Afinal a vida é uma seqüência sem sentido
Sem lugar, sem paraísos.
Este é o fim,
O fim em busca de um novo começo,
Para alguém que diz coisas incompreensíveis para todos os que são normais.
Afinal normalidade é idiotice,
E idiotice é o veneno da carne.