ÀS MARGENS DA LOUCURA
No meio de ânsias e agonias vãs,
Perdidos no espaço infindo,
Uns procuram entender o inexplicável,
Outros pensam no passado inefável
Enquanto outrem
Sonha com o sol do amanhã.
No pensamento desta esquadra que devaneia
No mar sem luz de procela insana,
Nestes corações que choram e amam
Existe apenas um ideal:
É a felicidade que resvala,
Que some sempre e exala,
Caminhando sempre num círculo irreal.
Que felicidade é esta, meu Deus?
Que ideal que nos enlouquece.
É nuvem que está no céu inerte;
Mar de águas impressionantes
Que brame e a dor inocula
E sua vítima para longe tange,
Levando-a a céus de nuvens escuras.
Sem rumo no espaço,
Gemendo dores, tristes e lassos,
Sentados à beira da loucura.