ÀS MARGENS DA LOUCURA

No meio de ânsias e agonias vãs,

Perdidos no espaço infindo,

Uns procuram entender o inexplicável,

Outros pensam no passado inefável

Enquanto outrem

Sonha com o sol do amanhã.

No pensamento desta esquadra que devaneia

No mar sem luz de procela insana,

Nestes corações que choram e amam

Existe apenas um ideal:

É a felicidade que resvala,

Que some sempre e exala,

Caminhando sempre num círculo irreal.

Que felicidade é esta, meu Deus?

Que ideal que nos enlouquece.

É nuvem que está no céu inerte;

Mar de águas impressionantes

Que brame e a dor inocula

E sua vítima para longe tange,

Levando-a a céus de nuvens escuras.

Sem rumo no espaço,

Gemendo dores, tristes e lassos,

Sentados à beira da loucura.

Vivianna di Castro
Enviado por Vivianna di Castro em 07/10/2010
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