Absorto
Absorto
No suor dilacerante
Ao extremo pesar da poesia
Onde dói, onde divaga
Um desconserto mental
Que não cede
Nem nunca pára
Nem desfalecido de morfina
No corpo um fardo
Por alimentar em letras o sentido
Nem tintas em demasia
Nem lágrimas no leito
Afoga-se em palavras
Tão doces e pesadas
Como da verdadeira
E sincera poesia