* *TORMENTO**

VIVO TODO DIA EM TORMENTO E AUNGÚSTIAS...

E PENSO QUE TUDO PODERIA TER SIDO DIFERENTE,

E A HORA BATE NAS BADALADAS DO RELÓGIO NA MINHA PAREDE,

SÃO TRES HORAS DA MADRUGADA,

E EU AINDA NÃO DURMI..

VEJO O SILÊNCIO, DE TÃO REAL, ME TOCA.

E OUÇO AS VOZES QUE VEM DE DENTRO DE MIM,

SOZINHA, ANDO PELA NOITE A DENTRO,

CHAMANDO POR MEU PRÓPRIO NOME,

ENTÃO VEJO QUE A NOITE NÃO ALCANÇA MAIS O DIA,

E ASSIM EU NÃO ALCANÇO MAIS VOCÊ,

TAMPOUCO A MIM MESMA,

VOLTO.. A SOLIDÃO É FIÉL PARCEIRA DAS MINHAS LÁGRIMAS,

LEIO UM LIVRO, OUÇO UM CD, BEBO UM CONHAQUE.

MAS NADA PREENCHE O VAZIO QUE MINHA ALMA CLAMA,

QUERO ME ENCONTRAR, E ME AFOGO DENTRO DO MEU PRÓPRIO SER,

E SUFOCADA ESTOU DENTRO DO MEU PRÓPRIO GRITO!!

EU GRITO, E ME OUÇO, MAS NÃO POSSO ME LEVANTAR,

E DE NOVO É O SILÊNCIO QUE ME CHAMA...

E EU VOU, EU SEI ONDE ESTOU INDO,

MAS QUERO VOLTAR E SER O QUE UM DIA FUI,

PORQUE HOJE NÃO GOSTO NADA DO QUE SOU E ME TORNEI.

E ASSIM PERDIDA NO MEIO DA NOITE...

EU ANDO SOZINHA TENTANDO ME ENCONTRAR,

EU ME VEJO NUMA POÇA DE ÁGUA SUJA,

EU ME VEJO SUMINDO...

EU ME CHAMO,

MAS DENTRO DE MIM NÃO ENCONTRO MUITA COISA,

COMO UMA CASA ABANDONADA, CHEIA DE FANTASMAS,

EU SIGO....

POUCO ENCONTRO, E NUM CANTO ESQUECIDO,

MEU............ EU.

PAULA XAVIER.

,

PEROLA XAVIER
Enviado por PEROLA XAVIER em 28/09/2010
Código do texto: T2524823
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.