O Assassino

Quatro bitucas de cigarro apagadas no cinzeiro

Um homem abre a janela para respirar

Seu coração acelerado, pulsa, pulsa, pulsa

Um só pensamento ecoa em sua mente

O faz sentir-se sóbrio

Mesmo depois de uma garrafa de uísque vazia

O medo corre em suas veias

O faz sentir-se vivo

Ainda que isso lhe cause um remorso

Assusta-se com a própria esperança

Tendo visto o vermelho tão vivo

Que lhe lembrou o sangue tão puro

Espalhado por aquela pele alva

Não pôde deixar de sentir o desejo

Espalhando calor por suas veias

Fazendo pulsar seu coração iludido

Tocou aquela pele, ainda quente, excitado

Ela abriu os olhos, azuis, tão calmos

Olhou dentro da alma daquele homem

E sua alma ajoelhou-se

Mas a luz já estava apagada.

Isabela Faeco
Enviado por Isabela Faeco em 28/09/2010
Código do texto: T2524773
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.