Sadomasoquista

Todo poeta é um anjo sem asas...

não alado,

porém pelado,

de nudez explicita

e desejos à flor da pele.

Todo poeta é sadomasoquista

por palavras e emoções,

chibatadas no coração...

algemas na alma...

desvarios,

chicotes,

fetiches,

paixões,

todo poeta é mestre em delírios.

Abre os abraços,

que braço de poeta é como asa

e voa em busca de si mesmo,

assim o poeta sobrevive às frustrações

para ganhar o espaço imaginário da inspiração.

1998

Marcos Horto
Enviado por Marcos Horto em 24/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2518269