Manicômio de Luxo
Tudo tem cheiro de desinfetante
A casa está limpa, mas a alma está suja
Na toalha de banho o cheiro de um corpo sujo
E a droga e a miséria de um espirito
Tem escarro verde, os pés cheiram mal.
As paredes são brancas e as janelas são amplas
Tenta iluminar tudo por todos os lados
Mas as vozes falam em sua mente
O dia é negro, há uma psicose rodando no ar.
Irmão quer matar a irmã, tem faca nas mãos de um cego.
O vicio mata.
Sentados para a foto, fazem de conta
Fingem a familia feliz.
A casa de boneca brilha por fora
Dentro um manicômio gelado, não deixa o sono vir.
Flores e crianças, um balanço para os domingos
Mas aquele cherio de limpeza é para tirar o podre
Das palavras gritadas, das lágrimas derramadas
A sujeira dentro de si.
E no tapete da sala as marcas de pés sujos
Os lençóis cheiram a xixi, um corpo sujo no banheiro.
Aquilo fica impregnado, na cabeça, no nariz, no espirito
Platam flores na terra seca e a anciã finge uma união
Tem marcas de facas na porta e a uma sombra no canto da sala.
Tente dormi no quarto ao lado
Um nariz sugando tudo oque pode encontrar
O pó, a aguá, a vida e a fome.
Sonhe em ir embora e quanto mais você gritar
Mais brancas as paredes ficam, mais limpo o chão aparece
O manicomio é uma mulher amada, que finge tão completamente
Você tenta abandona-la e ela te seduz com truques baixos
Ela te mantém para mais, para mais nada....
Nada.... tudo oque ela pode te dar.
Tente dormir no quarto ao lado
Há um cheiro de desinfetante no ar
Um nariz suga tudo oque pode encontrar
Um corpo sujo deixa seu cheiro nas toalhas do banheiro.
O vicio mata.