Manicômio de Luxo

Tudo tem cheiro de desinfetante

A casa está limpa, mas a alma está suja

Na toalha de banho o cheiro de um corpo sujo

E a droga e a miséria de um espirito

Tem escarro verde, os pés cheiram mal.

As paredes são brancas e as janelas são amplas

Tenta iluminar tudo por todos os lados

Mas as vozes falam em sua mente

O dia é negro, há uma psicose rodando no ar.

Irmão quer matar a irmã, tem faca nas mãos de um cego.

O vicio mata.

Sentados para a foto, fazem de conta

Fingem a familia feliz.

A casa de boneca brilha por fora

Dentro um manicômio gelado, não deixa o sono vir.

Flores e crianças, um balanço para os domingos

Mas aquele cherio de limpeza é para tirar o podre

Das palavras gritadas, das lágrimas derramadas

A sujeira dentro de si.

E no tapete da sala as marcas de pés sujos

Os lençóis cheiram a xixi, um corpo sujo no banheiro.

Aquilo fica impregnado, na cabeça, no nariz, no espirito

Platam flores na terra seca e a anciã finge uma união

Tem marcas de facas na porta e a uma sombra no canto da sala.

Tente dormi no quarto ao lado

Um nariz sugando tudo oque pode encontrar

O pó, a aguá, a vida e a fome.

Sonhe em ir embora e quanto mais você gritar

Mais brancas as paredes ficam, mais limpo o chão aparece

O manicomio é uma mulher amada, que finge tão completamente

Você tenta abandona-la e ela te seduz com truques baixos

Ela te mantém para mais, para mais nada....

Nada.... tudo oque ela pode te dar.

Tente dormir no quarto ao lado

Há um cheiro de desinfetante no ar

Um nariz suga tudo oque pode encontrar

Um corpo sujo deixa seu cheiro nas toalhas do banheiro.

O vicio mata.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 24/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2517804